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5 Erros Fatais ao Preparar Concreto na Obra (e Como Garantir a Qualidade)

    Confira Nossas ÁREAS DE ATENDIMENTO

    Você seguiu o traço correto, comprou o cimento e os agregados, mas o resultado final do seu concreto não foi o esperado? Talvez ele tenha apresentado fissuras, ou não pareça tão resistente quanto deveria. A verdade é que, mesmo com a receita em mãos, pequenos erros no preparo podem comprometer toda a estrutura.

    Preparar concreto na obra exige mais do que apenas misturar ingredientes. É um processo químico que, se não for respeitado, pode levar a consequências graves e prejuízos enormes.

    Para ajudar você a garantir a máxima qualidade e segurança, listamos os 5 erros mais comuns ao preparar concreto na obra e, o mais importante, como evitá-los.



    Erro 1: Exagerar na Quantidade de Água (A “Regra do Olhômetro”)

    Este é, de longe, o erro mais comum e o mais perigoso. Muitos profissionais, na ânsia de tornar a mistura mais “mole” e fácil de trabalhar, adicionam água em excesso, sem critério.

    • O Problema: A água é essencial para a reação química do cimento (hidratação), mas cada pingo a mais do que o necessário reduz drasticamente a resistência final do concreto. Um concreto aguado é poroso, fraco, mais propenso a fissuras e menos durável.
    • Como Evitar: Siga a regra básica: use aproximadamente metade do peso do cimento em água. Para um saco de 50 kg de cimento, comece com cerca de 25 litros de água. Adicione a água aos poucos, misturando bem, até atingir uma consistência pastosa e plástica, nunca líquida. Se a mistura estiver muito dura, é preferível ajustar a trabalhabilidade com aditivos plastificantes do que com mais água.

    Erro 2: Medir os Materiais de Forma Incorreta (A “Pá Inconstante”)

    Usar o traço 1:2:3 é inútil se a sua “medida” não for a mesma para todos os materiais. Usar uma “pá cheia” para a areia e uma “meia pá” para a brita, por exemplo, desbalanceia completamente a receita.

    • O Problema: A inconsistência nas medidas altera as proporções do traço, afetando diretamente a resistência, a trabalhabilidade e o custo do concreto. Você pode acabar com um concreto fraco ou gastar mais cimento que o necessário.
    • Como Evitar: Use um recipiente padrão e de volume conhecido para medir TODOS os materiais. Uma lata de 18 litros ou um balde graduado são as melhores opções. Se um traço pede 2 partes de areia, são 2 latas cheias e niveladas, não duas “pazadas”.


    Erro 3: Usar Areia com Impurezas (A Economia que Sai Caro)

    Utilizar uma areia cheia de barro, argila, galhos ou matéria orgânica é sabotar seu concreto desde o início.

    • O Problema: Impurezas como a argila “roubam” a água que deveria reagir com o cimento, além de criarem pontos fracos na estrutura. O resultado é um concreto que não atinge a resistência projetada e pode esfarelar com o tempo.
    • Como Evitar: Invista em uma areia de qualidade e de procedência conhecida. A areia de arenito (britada) ou a areia de rio lavada são excelentes opções, pois possuem um baixo teor de impurezas. Faça um teste simples: coloque um punhado de areia em um pote de vidro com água, agite e deixe decantar. Se formar uma camada espessa de barro no topo, desconfie da qualidade.

    Erro 4: Tempo de Mistura Inadequado

    Tanto misturar de menos quanto misturar demais são prejudiciais.

    • O Problema: Uma mistura muito rápida não homogeneíza os componentes. O cimento não se distribui por igual, deixando partes da massa com mais areia e outras com mais brita. Já misturar por tempo excessivo (especialmente em betoneiras sob o sol forte) pode fazer a água evaporar e iniciar a “pega” (endurecimento) do cimento antes da hora.
    • Como Evitar: Em uma betoneira, o tempo ideal de mistura após adicionar todos os materiais (incluindo a água) é de 3 a 5 minutos. A mistura deve ter uma cor e uma textura uniformes. Para a mistura manual, mexa vigorosamente até que todos os ingredientes formem uma massa homogênea.

    Erro 5: Negligenciar a Cura do Concreto

    Muitos acreditam que o trabalho acaba assim que o concreto é lançado e nivelado na fôrma. Este é um erro grave. A cura é o processo de manter o concreto úmido nos primeiros dias para que ele atinja sua resistência máxima.

    • O Problema: Se o concreto seca rápido demais (pela ação do sol e do vento), a água evapora antes de reagir completamente com o cimento. Isso resulta em uma peça com baixa resistência e alta propensão a trincas e fissuras de retração.
    • Como Evitar: Inicie o processo de cura assim que o concreto tiver resistência para não ser danificado (geralmente algumas horas após a aplicação). Molhe a superfície da laje ou da viga constantemente por, no mínimo, 7 dias. Você pode cobrir a peça com uma lona plástica, sacos de aniagem molhados ou mantas de cura para manter a umidade.

    Evitar esses cinco erros é mais simples do que parece e a diferença na qualidade final da sua construção é imensa. Lembre-se: um concreto bem-feito é a garantia de uma estrutura segura e durável por décadas.

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